17° dia de greve na Caixa Geral de Depósitos. |
No 17° dia de greve, a CGD França ainda não abriu negociações com os representantes dos trabalhadores em greve e envereda pela via da intimidação colocando seguranças e oficiais de justiça à entrada e nos recintos da instituição, numa nítida tentativa de criminalização dos trabalhadores. Hoje a Direção Geral da Sucursal deu um novo passo no sentido da intimidação dos trabalhadores grevistas proibindo-lhes o acesso à instituição e aos locais da Comissão de Trabalhadores, em completa violação da lei francesa. Sob pretexto de assegurar a segurança, o que os dirigentes da CGD França pretendem, é intimidar os trabalhadores grevistas, impedindo-os de se reunirem em Assembleia Geral. A intersindical FO-CFTC representativa dos trabalhadores em greve, considera provocatória esta atitude da Direção da Sucursal francesa e informa que vai apresentar queixa por delito de entrave ao livre acesso dos trabalhadores grevistas aos locais da Comissão de Trabalhadores, junto do posto de polícia e da procuradoria geral da República. A Intersindical FO-CFTC considera que ao fim de seis anos de desgoverno da Sucursal, a sabotagem da instituição em França continua, como o comprova sobejamente o facto de, ao fim do 17° dia de greve, os dirigentes da CGD (de Lisboa como de Paris), continuarem a não abrir reuniões de negociação com a instância de negociação legitimada pela assembleia Geral de Trabalhadores, continuando a organizar simulacros de reuniões. A Intersindical FO-CFTC informa que na véspera do 18° dia de greve votado por unanimidade numa Assembleia Geral de trabalhadores realizada na rua, frente ao prédio da instituição, e, na ausência da abertura imediata de negociações, não terá outra alternativa senão dirigir-se ao governo português. Com efeito, a Intersindical não pode admitir o desperdício de dinheiro público que constitui o facto de a Sucursal não estar a trabalhar nem sequer em regime de serviço mínimo, com agências encerradas ao público, outras a trabalhar em péssimas condições, serviços operacionais de apoio esvaziados e serviços de controle reduzidos ao mínimo. Mais, a Intersindical rejeita qualquer responsabilidade sua ou dos trabalhadores em greve na atual situação, fruto da irresponsabilidade de dirigentes inconscientes e da cumplicidade das sucessivas administrações que os nomearam e os mantêm em funções, mesmo que o preço a pagar seja o de sacrificar a Sucursal, os seus trabalhadores, a sua clientela e a importante comunidade portuguesa em França. Paris, 3 de maio de 2018 Intersyndical F.O. - C.F.T.C. Caixa Geral de Depósitos - France |